ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC)
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define o Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou Acidente Vascular Encefálico (AVE), também conhecido como derrame, como “um sinal clínico de rápido desenvolvimento de perturbação focal da função cerebral, de suposta origem vascular e com mais de 24 horas de duração”.
A etiologia mais comum do AVC decorre de doenças cardiovasculares que afetam a circulação cerebral. As artérias média, posterior e anterior são as mais comumente acometidas, ou os seus ramos perfurantes menores que vão para as partes mais profundas do cérebro. Desta forma, os comprometimentos e sequelas do AVC vão depender do local e da extensão dessa lesão.
De acordo com a literatura o AVC é a segunda causa de mortes no mundo, devido a prevalência do aumento da idade. Onde as principais manifestações são a hemiplegia, espasticidade, desalinhamento corporal, distúrbios no equilíbrio, perda de força muscular, e, por consequência, diminuição na autonomia e qualidade de vida
O impacto que o AVC causa na vida dos pacientes e familiares é imenso, pois afeta diretamente na funcionalidade, apresentando várias sequelas, entre elas: motoras (marcha, padrões motor atípico e equilíbrio), sensitivas (habilidade motora fina), cognitivas, visuais, emocionais (depressão), comportamentais, entre outras.
FATORES DE RISCOS
Hipertensão arterial, Diabetes, obesidade, tabagismo, colesterol alto, etilista, sedentarismo, uso de drogas e histórico familiar de ocorrência de AVC’s são fatores adicionais que chamam atenção para a maior possibilidade de desenvolver AVC.
TIPOS DE AVC
AVC ISQUÊMICO é o mais comum e acontece quando ocorre uma interrupção do fluxo de sangue por um coágulo para o encéfalo, devido à obstrução de uma ou mais artérias que o irrigam.
AVC HEMORRÁGICO, ocorre quando um vaso sanguíneo se rompe e provoca sangramento dentro do cérebro.
Ambas exigem cautela e deve-se ser tratadas com urgência, pois ocasionam danos e podem deixar sequelas, de forma transitória ou até mesmo definitiva, em uma área cerebral secundária a lesão vascular.
IDENTIFICAÇÃO DOS SINTOMAS AO PACIENTE COM AVC
- Dificuldade para caminhar, fraqueza de um hemicorpo, incapacidade de coordenar movimentos quando solicitados, rigidez articular, paralisia de um lado do corpo e reflexos;
- Na visão: perda temporária da visão em um dos olhos ou visão dupla;
- Na fala: dificuldade para articular as palavras ou perda da fala;
- Sensorial: formigamento ou redução na sensação de tato;
- Na face: dor de cabeça intensa e vertigem;
- Na cognição: confusão mental;
REABILITAÇÃO DO PACIENTE COM AVC
A recuperação desses pacientes irá depender de cuidados multiprofissionais, como médicos, equipe da enfermagem, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeuta ocupacionais e fisioterapeutas, atuando no alívio da dor, com intervenções que visam recuperar a autonomia do paciente para realizar atividades cotidianas básicas, como escovar os dentes e pentear o cabelo, vestir-se e alimentar-se. Vale ressaltar também que a família é uma parte essencial com os cuidados necessários para com o paciente.
A Fisioterapia irá ser de inteira importância no processo de reabilitação. Os atendimentos fisioterapêuticos deve ser iniciados já na fase aguda e continuar a partir de então, principalmente nas disfunções que afetam diretamente o paciente, como alongamento, controle de tronco, exercícios de equilíbrio através de obstáculos, melhora da força muscular com exercícios funcionais com o método KABAT (Facilitação neuromuscular proprioceptivo), coordenação motora, e treino de marcha. O plano de tratamento a ser traçado dependerá do grau de limitação em que o paciente se encontra para que as intervenções sejam mais eficazes.
REFERÊNCIAS
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FERLA, Fabíola Lindemann; GRAV, Magali; PERICO, Eduardo. Fisioterapia no tratamento do controle de tronco e equilíbrio de pacientes pós AVC. Revista Neurociências, v. 23, n. 2, p. 211-217, 2015.
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